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Mais precisamente, “Histórias Extraordinárias”…

Contos publicados entre 1833 e 1845, classicos da literatura policial e de terror.

Com o seu estilo macabro e espelhando uma negritude pessimista que lhe marcava a alma, Poe dá a conhecer nestes contos, uma vez mais, a sua genialidade.

Há para ai quem diga que de Espanha nem bom vento nem bom casamento… Ora bem, que venha então bom cinema de terror.

Dicatdo de António Chavarrías conta-nos a estória de um casal que resolve tomar a seu cargo uma jovem, filha de uma amigo que se tinha divorciado. A coisa parece levar-se, a jovem até vai ganhando boas cores mas, há qualquer um “je ne sais quoi” na pequena Joana que relembra Daniel de algo que no seu passado, pensava ele, tinha ficado enterrado.

Este é o filme que abre a 3ª Mostra de Cinema Fantástico promovida pelo Syfy Channel a decorrer entre hoje e Domingo no Cinema São Jorge em Lisboa.

Fica a nota que os apreciadores do género poderão ainda contar com vampiros em Stake Land, lobisomens em Lobos de Arga, cenas apocalípticas em Hell e fenómenos paranormais em The Innkeepers e Atrocious.

Da imaginação da Patrícia (a minha filha para quem não sabe) já saíram as mais extraordinárias coisas (da fantasia de Darth Vader, ao Rei dos Cylons passando pelos sinais de proibição a monstros invisíveis) e ao que parece, ainda há muito a esperar. Desta feita, numa viagem de carro, numa aparentemente vinda do nada vontade de desabafar:

As histórias da Patrícia

Pai, vou contar-te duas histórias:

Ele chamava-se Van Lobo. Tinha cabeça de morcego, braços de homem, tronco e pernas de lobo. Uma noite tentaram caça-lo. Levavam alho, muito alho. Não conseguiram. Ele era mais forte, lutou e fugiu. Apanharam-no uma semana mais tarde. Já tinha passado a lua cheia.

Era uma vez um cão. Tinha no cérebro um pedaço de gelatina amarela onde vivia e do qual se alimentava um verme extra-terrestre. Esse verme cresceu, cresceu, e o cérebro do cão já não dava para ele. Saltou (terá sido pelas orelhas) cá para fora e colou-se às costas de um taxista. Assim viajava e podia continuar a crescer… Cresceu tanto que se tornou quase do tamanho do Universo. Abriu a boca e engoliu umas galáxias (nota minha: nitidamente a precisar de orientações no que se refere a escalas) mas sem grandes preocupações: foram só duas e a nossa escapou. Depois ficou cheio e descansou.

Certo. Estou em dúvidas se a aconselho a ir para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas ou directamente para Berkeley.