Já não é a primeira vez que aqui escrevo sobre a falta de tempo que me leva a diminuir o numero de entradas por aqui. Há alturas mais calmas, e alturas mais agitadas. Mais trabalho, mais projectos e mais Twitter.

Acalmem-se os evangelistas (à minha maneira também o sou). Não vou para aqui deitar culpas ao Twitter por chegar a passar uma semana sem escrever palavra. Não seria original (ao fim e ao cabo há já tanta gente a fazer tal acusação) e seria sem duvida, deselegante.

É certo que o Twitter ocupa hoje grande parte do meu tempo livre. As viagens de Metro a twittar, os almoços a twittar, as noites a twittar

Browserd: O Twitter e o Blog

Já não tenho tempo para ler nos transportes, registar ementas e tirar notas das refeições, ver séries obscuras de que ninguém ouviu falar… Uppss. Mas esses são os temas sobre os quais escrevo certo? Os livros, as comidas, os filmes e as séries… Deusas. A culpa é do Twitter!

Certo. Dramatismos à parte, a facilidade com que se twitta, 140 caracteres, a imediaticidade da resposta, múltipla resposta, a rapidez com que se propaga graças aos retwitts… Tudo isto leva a paixões assoberbadas (vejam o que twitta qualquer power user ao fim de dois dias sem twittar) mas vistas as coisas a frio, é tudo tão fino, tão efémero… Ainda que por lá se mantenham, nos confins dos searchs

Mas blogging e micro-blogging são duas coisas bem distintas. Uma semana no Twitter traz dezenas, centenas, de followers. Para um blog, demora um pouco mais de tempo. A credibilidade necessária para nos levar a ler um texto composto, a procurar uma opinião mais pensada, é mais difícil de conquistar. Por outro lado, a satisfação de ver quem nos visita no blog continuar a visitar ao fim de muitos e bons anos, é uma recompensa diferente.

Decisão: Se não tenho tempo para 500 palavras, escrevo 300, 100. 140 caracteres se for caso disso. Muito ou pouco é a parede da minha casa que estou a pintar, é a minha sala que estou a decorar, é do meu bosque particular, de portas abertas ao mundo, que eu estou a cuidar.

E o Twitter? Amigos, é o nosso ponto de encontro, o Starbucks da malta mais urbana, a tasca da malta de outros tempos. E temos piadas, e histórias, e links e directos. Temos livros e encontros, temos paixões e outras zangas… Temos musicas e letras, noites sem fim e madrugadas cheias de gente. Enquanto durar, temos Twitter.

E eis que sem mais nem porquê, uma mão cheia e mais alguns indivíduos, casados, pais de família (ok, nem todos mas fica bem na sinopse) saíram de suas casas a meio da noite (tipo 2h30m da manhã), partilhando boleias e deixaram a cidade rumo à beira mar.

Juntos ao chegar, rapidamente se carregam os estaminés, uns às costas e outros debaixo do braço, cena d’homens que a vida não é facil. Pede-se silêncio ou pelo menos pouco barulho. Adiante.

4 horas da manhã. Rua acima, rua abaixo já se sabe onde ir. A coisa desce à praia que a luz inspira e o mar está sereno. Foge que ainda te molhas rapaz. E não te esqueças de sacudir a areia da bainha…

Mais uma rodada que é bom termo entre irmandades. Roda o palco mantém os actores que não é fácil de os arranjar tão bons. A baía é já ali e antes da hora acabar mais uma salva…

Andar, andar que se faz tarde. A caminho da encruzilhada, onde haveriam de desacelerar os incautos com medo das máquinas que no escuro não se deixam reconhecer, o ponto alto da noite. Qual Lynch, qual Copolla.

Pela primeira vez sem álcool (goelas havia que já o beberiam assim houvesse) e o resultado está à vista. Um Darth Vader esquizofrénico, um Chewbacca envergonhado (até ter solto a franga) e uma relação familiar desconhecida. Fez-se história. Ainda que não aconselhável a menores, ficará nos anais (sem piada por favor) da geekalhada…

Vá-se agora explicar a graça a cônjuges ou amigos que só gostam de futebol…

Fica então para vossa critica, ainda que daqui nada tenham percebido. Muito haveria a dizer, desde a razão (inspirada, internacional) ao sentimento (viva a galhofa que a caça ao riso fica para outras distopias) mas não vale a pena. São só doidos, varridos, às 4 da manhã.

E esta é mesmo só porque sim, porque também eu tenho de quando em vez, aquela impressão de que falta aqui qualquer coisa e a coisa é, o Browser pois está claro. Ou não fosse a deixa aqui do site “Conversas tardias com um gato cheio de paciência”.

Assim sendo, senhoras e senhores, convosco uma vez mais, o Browser, dando provas de que a convivência entre um gato e um rato nem sempre tem que ser tão problemática como entre o Tom e o Jerry.

Like the Cat and the Rat II...

Este artigo que aqui escrevo surge como resposta aos comentários que um tal José Castro deixou no artigo O Barclays já não é o que era. Reclamação do serviço.

Optei por escrever um artigo ao invés de deixar só uma resposta nos comentários por uma simples razão: Que o mundo conheça o que há por ai.

Começa o José Castro por escrever:

“Caro colega, não acredito que com um texto destes trabalhe na Banca…”

Caro José Castro, relativamente ao facto de não acreditar que eu trabalho na Banca este é efectivamente um problema seu mas, tendo em consideração que aparentemente só agora aqui chegou e talvez não tenha tido tempo para ler tudo (não leu pois não?), vou mesmo assim dar-lhe uma informação mais completa sobre o assunto.

Sou efectivo do Millennium bcp vai para 11 anos. Actualmente trabalho na Direcção de Comunicação deste Banco mas a minha carreira no Millennium bcp já passou por funções que vão de comercial a consultor, técnico de gestão de informação e técnico de desenvolvimento até às minhas funções actuais.

Nestes 11 anos de trabalho ao serviço do Millennium bcp conheci realidades comerciais tão dispares como o BCP, a Nova Rede, o Banco 7, o Banco Português do Atlântico, o Banco Pinto e SottoMayor ou o Banco Mello. Conheci as realidades comerciais da Companhia de Seguros Seguro Directo, da Companhia de Seguros Bonança, da Companhia de Seguros Império, da Ocidental Companhia Portuguesa de Seguros, da Médis Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde e da Millenniumbcp Fortis Grupo Segurador.

Dificilmente encontrará o José Castro registos menos positivos se por mim perguntar em qualquer uma das entidades acima referidas e posso também garantir-lhe que constam do meu curriculum profissional várias promoções por mérito que, como aparentemente deve saber, nem sempre são fáceis na actividade bancária.

Pelo facto do Millennium bcp ter hoje uma operação multi-doméstica e por inerência de funções, conheço realidades comerciais internacionais como a dos Estados Unidos da América, da Polónia, da Roménia e da Grécia. A tudo correr bem terei ainda conhecimento de outras tantas como a Turquia, Angola ou Moçambique.

Ainda me acha longe da realidade bancária?

“…é subreal como existe pessoas que tão pouco tem para fazer.”

Terei pouco que fazer por me ter dedicado a denunciar a situação vergonhosa pela qual passei com o Barclays Bank? Ainda que nada tenha que ver com a minha vida pessoal, tenho perfeita noção de que desde o momento em que abro as portas da mesma estou na obrigação de manter a casa limpa e como tal só lhe digo que foram muitas as horas de sono perdidas. O meu trabalho (assim como a minha família) não ficou por satisfazer. Mais uma vez, já sabe onde estou, pergunte se tiver dúvidas.

Não comentarei o facto de ter escrito “este tipo de texto é de atrasados” relativamente às minhas palavras. Tendo em consideração o seu português, acredito que o meu atraso estará muito além da sua compreensão.

Quando refere os direitos e deveres que todos temos esqueceu-se de referir que, exerci o meu direito, reclamei, e cumpri o meu dever, informei quem de direito e eventuais incautos da situação que se passava.

“Outra questão não menos importante é colocar-se no trabalho dos outros, sem perceber nada do assunto…”

Parece sugerir (desculpe o parece mas mais uma vez o seu português deixa algumas margens para dúvidas) que não percebo nada do trabalho dos outros. Gostei da sua observação principalmente ao recordar o momento em que indiquei à então minha Gerente de Conta o que fazer relativamente à situação da fraude com o cartão de crédito e, mais importante ainda, como o fazer num sistema informático de uma instituição bancária em que ela trabalhava e não eu.

Afirma pensar que este tipo de comentários acabarão por ser benéficos para o Barclays Bank. Isto diz muito sobre o que o José Castro entende de Internet. Espero que nessa instituição multinacional onde trabalha não tenha competências sobre o tema mas caso as tenha, disponibilizo-me desde já para prestar alguma consultadoria aos seus empregadores (passando obviamente as obrigatórias questões contratuais).

O seu português baralha-me uma vez mais mas mais me baralha a sua falta de visão confesso. “…apenas vejo dois ou três comentários…”. Já tentou o Google? Isto só para não lhe sugerir ver todos os posts sobre o tema aqui no browserd.com. Ainda assim fica a dica: Novela Barclays Bank.

Sim, não quero deixar de ser Cliente do  Barclays Bank. Sabe porquê? Tenho lá algumas responsabilidades partilhadas. Contente?

Diz ainda o José Castro a certa altura:

“Um assunto que me incomoda muito, sendo funcionário de uma instituição que não o Barclays, mas tambem ela uma multinacional, é o facto de se criticar as empresas por pretenderem lucros…”

Que me lembre não me referi ao Barclays Bank nesse sentido. Aliás, quem me conhece sabe bem que seria impensável eu fazer tal coisa. Lembro ainda hoje algo que alguém me disse um dia: O principal objectivo de uma empresa é ganhar dinheiro. Se pelo caminho fizer bem a alguém, melhor…

“Esta atitude é de quem pouco tem para fazer e se mete no trabalho dos outros, por que no seu não deve correr muito bem…”

Não o convido para beber um copo ali à Rua do Ouro pois além de irónico estaria a ser hipócrita mas tal como já referi anteriormente, o meu desempenho não é assunto tabu na casa e poderá facilmente comprovar o que digo. Deixo-lhe a ideia que, o tal trabalho que pensa não correr muito bem, é diariamente visto por largos milhares de pessoas e até à data não tive queixas. E já agora, o seu? Como é?

Para finalizar a minha resposta que já vai longa, umas notas.

  • O Barclays Bank escreveu-me uma carta em que me pede desculpa pelo tipo de serviço prestado afirmando não ser esse o serviço habitual da instituição.
  • O Barclays Bank responsabilizou-se e assumiu não só as despesas efectuadas ilicitamente com o meu numero de cartão de crédito mas também todas as despesas decorrentes da situação tais como os juros e a franquia do seguro.
  • A história ainda não acabou e agora sim, porque sou teimoso e acredito que enquanto cidadão devo ser tratado com respeito e respeitosamente devem os serviços, públicos ou privados, atender aos meus direitos tal como eu atendo às minhas obrigações.

Quer falar?