E hei-de fazer um Mestrado pois então… Diacho, deve haver algures um plano, uma esboço transcendente, um mapa do destino ou algo do género, onde se escreveu um dia que eu iria fazer o Mestrado. E como eu gosto de coisas escritas, não irei desapontar.

Mas há um limite para tudo, até para coisas escritas certo?

A Internet e os livros em torno dela...

Eis senão quando me encontro frente a esta pilha de coisas escritas livros, criteriosamente seleccionados, todos eles de alguma forma versando a temática de um dos trabalhos a apresentar este semestre para o Mestrado em Ciências da Comunicação (Culturas Contemporâneas e Novas Tecnologias) na FCSH. Um dos trabalhos. Sim, um. Dos vários.

A sério. Tenho mesmo que controlar esta coisa do recolher informação. Eu sei onde a encontrar. Sei como a procurar. Distinguir a que interessa da que nem por isso. Ainda assim, é muita. É demasiada. Ok, there’s no such thing as too much information. Está bem, é o desespero de perceber que por mais que queira não consigo com que o dia tenha mais que 24 horas…

Bem, agora que falo nisso, feitas as contas, entre fusos horários, talvez se conseguisse qualquer coisa com um investimento razoável em bilhetes de avião… Haverá informação sobre isso? Vou pesquisar.

Dizia-me o Luís Filipe Sarmento uma noite no Twitter:  “Olha que vale a pena. É um dos maiores filósofos da actualidade. Tema hipermodernismo (a tua onda)…“. Infelizmente, não pude comparecer. Para variar, o trabalho, a universidade, a família, o tempo que não estica… Mas é esse mesmo tempo que é sem duvida, caminho das memórias e a existência dele é garantia delas e como tal, tardou mas chegou.

O ecrã global” de Gilles Lipovetsky. Com tradução de Luís Filipe Sarmento (a quem desde já comunico publicamente que não me esqueci que temos um copo em atraso, e espero ver tal questão resolvida o quanto antes de forma a que possamos arranjar um novo pretexto ), pelas Edições 70.

Sem mais delonga, fica a nota. Tinhas razão caro Luís, é a minha onda. E a cada dia que passa,  deixando-me de alguma forma mais encantando pela Comunicação, pela forma e pelo sentido, pelo entendimento do futuro (que com o presente já há muito quem se preocupe), mais concordo contigo. É a minha onda…

Ecrã Global de Giles Lipovetsky

Certo. Isto tem andado paradinho por aqui e entre hoje e sexta também não deve mexer muito… E se eu tenho temas para falar (leia-se escrever). Mas, para variar, falta tempo.

O dia de hoje vai começar mais cedo do que o que é costume. Mas mais vale prevenir do que remediar.

É hoje apresentada a largos milhares de colegas a nova Intranet da casa. Bem, das casas uma vez que se trata de uma nova Intranet para todas as operações do banco espalhadas por vários países e continentes. A mudança é tal que tenderá (espera-se) a mudar comportamentos e formas de trabalho mas como se sabe, tais mudanças (autênticas revoluções quando de instituições tão regradas se trata) acarretam questões, dúvidas e birrinhas.

Tecnologicamente estou certo do sucesso (quase mais certo do que os responsáveis pelo mesmo que quase se mataram mas fizeram um excelente trabalho) mas quando falamos de comportamentos e atitudes, quando falamos de sentimentos sobrepondo-se à lógica…

A coisa vai cair em cima de alguém e tenho as minhas dúvidas sobre se o help desk saberá responder ás questões do tipo “mas por que é que aquele menu já não é verde?” ou pior ainda “mas o link para aquela aplicação (que só eu no meio dos 20 mil empregados uso) já não está na homepage porquê? Onde está agora?”. Ora vejam lá se imaginam agora onde irá parar a chamada telefónica? – O colega é da Comunicação não é? O colega não está na equipa que desenhou “isto”?… Vai ser bom.

A somar a isso, um exercicio de imaginação. Imaginem-se a trabalhar na casa mãe de uma grande instituição internacional (ou pelo menos com uma forte presença em vários países). Sim eu sei, alguns de vós trabalham. Ok. Certo. Imaginem-se a trabalhar na Direcção de Comunicação dessa instituição. Imaginem que na próxima sexta-feira os vossos colegas dos quatro cantos do mundo (juro que nunca percebi bem esta ideia mas enfim) aparecem ai no vosso cantinho dizendo qualquer coisa do género: “Então quais são os planos para este ano?”. Ok. Imaginaram? A sexta-feira de que falo é no fim desta semana e no dia a seguir é reunião geral da casa mãe…

Está de antemão explicada a razão de uma eventual demora na actualização do site, na aprovação de comentários, nas respostas ao e-mail e definitivamente, a explicação para uma mais parca presença no Twitter…