Dance Factory…, originally uploaded by Browserd (Pedro Rebelo).

"I like the way you move…"
Eu sabia que havia uma razão para o "Dance Factory" da Playstation não ser o meu jogo de eleição… Só não me lembrava que razão era essa. A Patrícia fez questão de me recordar. Saltos e pulos nunca foram a minha especialidade e em casas de soalho português, com tudo a abanar, é mais facil perceber porquê.

Desenganem-se os que aqui chegarem em busca de maiores teorias. O titulo é mesmo só uma forma simples de dizer como começa por aqui, o fantástico ano de 2010.

Depois de uma passagem com lagosta em creme de natas e salsa, Murganheira bruto e 12 uvas (desta feita a tradição deu um pulo a Espanha e diga-se, sabem melhor as uvas frescas do que as velhas e encarquilhadas), veio uma maravilhosa noite de sono e a manhã começou então, entre coisas boas como azevias e fatias d’ovo (douradas, paridas, whatever) e pesadelos cibernéticos de insectos com câmaras nos olhos, tubarões teleguiados e homens com braços mecânicos…

Salvo pelo acordar da filha, que na sua imensa sabedoria de 5 anos, pega no seu mui exclusivo comando e ainda de olhos ensonados, faz com que milagrosamente surja Sponge Bob Square Pants no ecrã da televisão. Não há seriedade que aguente. Mas também, quem quer ser sério a dia 1 de Janeiro?

A minha disponibilidade sempre foi, modéstia à parte, famosa lá no trabalho. E confesso, sempre me tenho orgulhado disso. Nunca fui de entrar tarde nem de sair cedo e mesmo quando via a minha hora de saída condicionada pelo acesso a transportes, muitas vezes me estiquei pensando que depois logo se veria o que fazer…

Ontem sai do trabalho por volta das 17h30. O que tinha urgência de ser feito feito estava. Não estava tudo porque nunca está, porque há sempre mais.

Fui buscar a minha filha ao colégio e nada paga o sorriso que fez quando me viu chegar. Fomos os dois para casa de Metro (sim, ela gosta muito de andar de Metro) e ainda deu tempo para uma léria de conversa com a dona da mercearia da rua.

Em casa vimos desenhos animados juntos e ainda treinámos algumas palavras em inglês. Dei-lhe banho (contando com meia-hora de brincadeira aquática) e depois do jantar ainda me deitei um pouco com ela.

Processei algumas fotografias da viagem a Nova Iorque, vi uns episódios de umas séries de televisão de que gosto, escrevi este artigo e, antes de ir dormir ainda vou ler um bocado…

A minha disponibilidade sempre foi, como já disse, famosa lá no trabalho. A Susana e a Patrícia agradecem, e isso sente-se, quando ela aparece cá por casa… Ao fim e ao cabo, esta é a minha casa.

Pois que do fim-de-semana fica a memória de mais um Domingo de dor de cabeça. Começa a tornar-se recorrente. Não o Domingo. A dor de cabeça. Adiante.

O Sábado foi passado em casa com a Patrícia e no meio das brincadeiras típicas da idade ainda tive a benesse de re-instalar o meu portátil. De raiz. Ainda fiz um restore de uma imagem (feita com o Acronis True Image, a segunda coisa que instalo em qualquer máquina) mas notava-se bem o quão datada estava e achei que trabalho por trabalho mais valia instalar tudo de novo. E porquê esta aventura?

Na passada Sexta-feira sai do trabalho já apressado e só tive tempo de pôr o laptop a hibernar antes de o colocar na mala e zarpar dali para fora. Ou pelo menos, assim pensava eu. Uma ou duas horas depois, já em casa há muito tempo, cheirava-me a queimado na sala. Bem, talvez não fosse queimado mas era definitivamente um cheiro quente, muito quente. Nem sei porque é que me lembrei de ir ver a mala mas efectivamente era de lá que vinha o tal cheiro. O Dell estava mais quente do que um fogareiro em dia de São Martinho. Com custo consegui tirar o dito de dentro da bolsa protectora e ao abrir verifico que ainda se encontra no ecrã “Preparing to Hibernate“. As ventoinhas a fazer um chinfrim doido e o disco quase em ebulição… Foi o tempo de carregar no botão de power e deitar o sistema abaixo. 10 minutos depois estava fresco que nem uma maçã mas um pouco negro por baixo…

E pronto, eis uma boa razão. Por via das dúvidas, e atribuindo tal desaire a uma qualquer enigmática questão de software, entendi por bem re-instalar o sistema. Tarefa que começou na Sexta e se prolongou pelo Sábado e pelo Domingo.

Esse mesmo Domingo começou com uma viagem de compras ao Allegro mas, cada vez mais me convenço, a idade dá cabo de mim. Horas por lá e nem um único livro, filme ou cd para mim… Bem, ao menos sempre vim de lá com umas fatias de presunto de pato para fazer o gosto ao dente… Menos mal.

A tarde deu direito a séries televisivas que estavam em atraso e a queijadas de leite pela mão de mãe e filha, que sempre têm um gostinho especial.

Este foi mais um daqueles posts certo?