Por mais que eu quisesse ver acabada a novela Barclays, mesmo passando por cima das respostas que ficaram por dar, é-me muito difícil uma vez que o Barclays Bank não está a ajudar. Nada.

Ainda o cartão de crédito do Barclays

Como bem sabem foi-me garantido no passado dia 22 de Julho, por aquela que é agora a minha gestora de conta no Barclays de Alvalade, que a emissão de um novo cartão de crédito tinha sido solicitada nesse mesmo dia. Está prestes a fazer um mês desde essa data. Não só a referida gestora de conta me voltou a confirmar telefonicamente esse pedido de emissão como num outro balcão do Barclays Bank me confirmaram que tinha sido pedido e, a carta que recebi da Provedoria dizia o mesmo. Até agora, nada. Cartão, nem ver. E não é demora dos correios pois no homebanking continua sem haver registo de cartão algum…

Mas há mais Marias na terra…

No passado dia 1 deste mês, recebi a meio da tarde uma mensagem no telemóvel pedindo para que contactasse urgentemente o Call-Center do CitiBank por questões de segurança relacionadas com o meu cartão de crédito da referida instituição.

Tal como pedido contactei o numero indicado na mensagem e ao ser atendido começaram por me questionar um determinado numero de movimentos do meu cartão feitos em Londres no passado mês de Maio. Confirmei que estive em Londres nas datas referidas e que, tanto quanto me podia recordar, todos os movimentos que me apresentavam tinham sido feitos por mim.

De imediato me foi explicado que tinha sido detectado ter havido uma situação de clonagem de cartões de crédito em Londres precisamente em Maio e por essa razão estavam a contactar os clientes CitiBank cujos cartões indicassem transacções feitas no período e na cidade em questão de forma a poderem, se os clientes o permitissem, cancelar os cartões e proceder à emissão de novos. Por uma questão de segurança.

Dei o meu consentimento desde que me garantissem a emissão de um novo cartão num prazo razoável. Disseram-me que seria uma emissão normal e como tal não deveria demorar muito tempo. Isto foi no dia 1 de Agosto.

Ainda que descansado, quis ver na Internet

No dia 11 de Agosto, passada Segunda-feira, ao tentar aceder à página do CitiBank recebi uma mensagem informando que não era possível aceder e que deveria contactar o Call-Center. Telefonei de imediato e informaram-me que o acesso à página só será possível aquando na posse do novo cartão. Certo. Concordei. Aproveitei para questionar sobre o novo cartão mesmo sabendo que ainda só tinham passado 6 dias úteis. Informaram-me que, devido ao facto dos cartões CitiBank serem emitidos fora de Portugal, a recepção dos mesmos costuma demorar no máximo 15 dias. Razoável.

E qual não é o meu espanto quando, nesse mesmo dia, ao chegar a casa tenho no correio uma carta do CitiBank com o meu novo cartão de crédito. 6 dias úteis senhores. 6 dias. CitiBank. Sou cliente há menos de um ano. Serviço, educação, eficiência. 6 dias.

Há cartões de crédito e cartões de crédito… Há bancos e bancos… E depois há o Barclays.

Não vou deixar ninguém em suspenso até ao fim do artigo: Recebi finalmente uma carta do Barclays Bank Portugal referente à reclamação. O Barclays Bank creditou na minha conta a totalidade das despesas feitas em meu nome mas não por mim.

Não só cobriu a parte a que contratualmente se obrigava mas também cobriu a franquia do seguro. Creditou também os juros da conta cartão assim como os juros cobrados da minha conta à ordem.

Mas, e há sempre um mas…

A minha reclamação junto do Barclays Bank Portugal já é do conhecimento de todos vós. Penso que há muito ficou bem claro que, a situação que originou a reclamação não o era só por si.

O que me levou ao Barclays Bank de Alvalade em 21 de Maio foi o reportar de uma situação que verifiquei estar a ocorrer com o meu cartão de crédito do Barclays e que nitidamente se identificava como fraude. Não era uma reclamação. Passou-se isto, façam o favor de resolver o problema.

Reclamação passou a ser quando passado um mês sobre o meu pedido de resolução, não havia qualquer avanço no processo e nem tão pouco qualquer ponto de situação sobre o mesmo. Nessa altura reclamei. Reclamei do serviço prestado. Do mau serviço prestado pelo Barclays. Desde o atendimento que tive pela minha então gerente de conta do Barclays quando visitei o balcão até à falta de profissionalismo demonstrada por esta quando não respondia aos meus contactos ou, respondia sem qualquer informação para me dar.

Como é normal numa reclamação que não é resolvida, a situação piorou. Piorou quando comecei a contactar o Barclays mais insistentemente e ninguém me atendia o telefone. Sim. O meu balcão do Barclays parecia estar completamente inacessível para contacto. Nem me atendiam nem me telefonavam, independentemente das mensagens urgentes que, me afirmavam, eram enviadas para o balcão. Continuei a reclamar.

Enviei mensagens para a Direcção de Marketing do Barclays, pedi que dessem conhecimento dos mesmos ao Sr. Peter Mottek, CEO do Barclays em Portugal. Nada. Para além da resposta chapa 5 da Provedoria do Cliente Barclays a dizer que a minha situação estava a ser analisada, nada. A politica de silêncio do Barclays imperou. A reclamação crescia.

De repente a novela Barclays começava a complicar-se ainda mais. As instruções recebidas da minha então gerente de conta (de que não deveria colocar mais dinheiro na conta até a situação se resolver) deram origem a outras situações. Coloquei mais questões ao Banco. Continuei sem resposta.

Desisti de esperar e com risco de perder a razão resolvi contactar telefonicamente a Provedoria do Barclays Bank para pedir respostas. Mais reclamações. Quem me atende, ainda que responsável pelo processo não me sabe dizer nada. Logo mais lhe telefono dizem-me

O Barclays falta ao compromisso. Ligam hoje, ligam amanhã, ligam logo mais. Não ligam coisa nenhuma. E de repente já não há quem fale comigo sobre o processo. Ninguém sabe de nada.

Ora, assim por alto, identifico uma série de razões para reclamar ao Barclays Bank que não directamente relacionadas com o dinheiro que eles me colocaram na conta não vos parece?

  1. O Barclays Bank Portugal demorou 2 meses para me enviar uma carta sobre o assunto. Dizem que a situação é complexa, que tiveram que recorrer a entidades externas que… Certo. Mas 2 meses? Então e o ponto de situação? Porque é que não me deram nenhum ponto de situação?
  2. Enviei ao todo 8 e-mails para o Barclays Bank Portugal (sem contar com os e-mails enviados via Barclays Net para a minha anterior gestora de conta). Porque é que não tive nenhuma resposta exceptuando ao primeiro em que me diziam estar a analisar a situação?
  3. Solicitei por escrito que fosse encaminhado para o sr. Peter Mottek um dos meus e-mails. Não tive qualquer resposta a essa solicitação. Foi-lhe entregue? Não foi? Se não foi, porquê? Se foi, porque é que não me respondeu?
  4. Solicitei por escrito que me fosse enviada informação escrita sobre o processo para que eu pudesse anexar a mesma a um processo de reclamação junto do Banco de Portugal. Nunca tive qualquer resposta a essa solicitação.
  5. Solicitei que me fosse enviada pelo Barclays uma carta onde se fosse claramente explicitado que a anulação do meu cartão de crédito foi pedida por mim e por ter identificado uma situação irregular nos movimentos do mesmo ao contrário do que é exposto na carta que recebi, a qual informa que o banco iria proceder à anulação do cartão por uso indevido do mesmo. Na carta que me enviaram agora, reconhece o Barclays Bank que o teor da carta que me enviaram não é adequado à situação ocorrida e lamentam os constrangimentos causados. Certo mas, então qual é o teor correcto? O que eu lhes solicitei? Se assim é qual a razão para não o escreverem?
  6. Ainda relativamente à anulação do cartão de crédito, questionei a Provedoria do Cliente do Barclays Bank se a situação foi reportada ao Banco de Portugal. Nunca tive qualquer resposta nesse sentido.

Poderei dar a situação como terminada? A reclamação como resolvida?

Não se trata, desculpem a expressão, de ser mais papista que o Papa. Desculpas evitam-se mas quando são devidas devem apresentar-se. Correcto. O Barclays Bank, à sua maneira, até o faz mas, e o resto?

Dificilmente alguém me poderá justificar porque é que ninguém falava comigo no balcão de Alvalade mas penso que as perguntas que aqui coloco não serão impossíveis de responder. Difíceis sim, sem dúvida, principalmente se o Barclays não quiser assumir erros de comunicação e estratégia comercial mas impossíveis? Vá lá, esforcem-se um pouco.

No meio de tudo isto é de notar porém, a minha nova gestora de conta. A atitude que revelou desde o primeiro contacto (quando ainda não era a minha gestora), de pro-actividade e certeza é de apreciar, mas de louvar é certamente a gestão de satisfação que tenta fazer junto de um cliente visível e declaradamente insatisfeito com a instituição. Tivesse essa preocupação existido desde o inicio de toda esta novela e provavelmente nem metade (se é que algumas) destas linhas teriam sido escritas.

Não seria correcto deixar de vos informar do mais recente desenvolvimento da já conhecida novela Barclays. E desta vez, não seria correcto para com o Barclays. Sim, apesar de tudo, tento ser sempre o mais correcto possível com esta instituição no trato desta situação por demais desagradável.

Ontem pela manhã enviei novo e-mail à Provedoria do Barclays Bank. Poupo-vos maiores detalhes. Foi um relembrar de tudo o que estava pendente e um reportar da situação vergonhosa da passada semana. Mais uma vez, um e-mail que ficou sem resposta.

Por voltas das 3 da tarde recebo um telefonema da Sra. Catarina Welsh da Provedoria do Barclays Bank. Serviu este para pedir desculpa pelo facto de não ter sido contactado na passada sexta-feira (mas somente por isso) e para me informar que nessa mesma sexta-feira tinha seguido por carta a resposta do Barclays Bank à minha reclamação.

O Barclays vai creditar a minha conta com o valor das despesas feitas e os respectivos juros…

Mas e então? É só o que o Barclays tem para me dizer?

Bem, pergunto eu, então e sobre a minha reclamação? Ou melhor, reclamações? Ao fim e ao cabo, a questão do dinheiro é uma ínfima parte da minha reclamação aliás, a questão do dinheiro foi a base do meu primeiro contacto em 21 de Maio altura em que nada reclamei mas sim denunciei a situação e pedi ao banco que a resolvesse. A reclamação propriamente dita surgiu no desenvolvimento (ou falta deste) dessa primeira questão.

A minha principal reclamação é do serviço – digo eu – e sobre isso o Barclays Bank ainda não me respondeu. A sra. Catarina Welsh disse-me então que me devia informar que a resposta enviada pelo Barclays Bank era muito simples e cingia-se à questão do uso abusivo do cartão de crédito. Disse-me ainda esta senhora que o Barclays Bank não tem por politica discutir com os seus Clientes as diligências efectuadas para resolver estas questões. Sem comentários.

Parece que a novela está para durar.

Nessa altura informei a sra. Catarina Welsh que iria aguardar pela referida carta e que, caso as questões que tenho colocado ao longo de todo este processo não sejam nela respondidas voltarei a contactar a Provedoria do Barclays Bank nesse sentido.

As questões em causa ultrapassam em muito a transparência e confiança que devia existir e foi perdida na relação Cliente / Banco. Entram e influem na minha esfera profissional com as implicações que isso acarreta e como tal, que mais não seja por isso, o Barclays Bank deve explicações e eu não me calarei enquanto não as obtiver.

Tal como referi acima, vou agora esperar pela prometida carta e logo se verá.

Desde a semana passada que muito se lê sobre o Star Tracker… Não só sobre o evento do Campo Pequeno mas sim sobre a rede em si… Desde há mais de um mês que muito se escreve sobre a novela Barclays Bank.

O convite e o porquê do sim.

Eu fui convidado para essa mesma rede e entrei de imediato. Ainda sem saber nada sobre o tal evento que iria decorrer no Campo Pequeno, a ideia de mais uma rede social na Internet e desta feita com base em Portugal agradava-me. Confesso que a ideia de “talentos” estava aqui um pouco atravessada mas enfim…

Entretanto chegou o tal evento e também lá fui. Apesar de um certo desapontamento (que referi no artigo Breve nota sobre o Star Tracking) nem por isso desisti da ideia. Social networking é social networking e valerá por isso. O facto do evento ter como patrocinador destacado (na minha opinião baseada no que pude observar mas corrijam-me se estiver errado) o Barclays Bank, será sinal de que a instituição em causa aposta em novos valores e isso é bom…

E porque não aproveitar a ferramenta?

Ora, mas tendo em conta a novela Barclays que tanto já me levou a escrever por aqui, seria parvoíce da minha parte não aproveitar a rede de “talentos” para pedir uma ajuda no tema Barclays Bank. Note-se que foi para pedir uma ajuda e não para me queixar ou pura e simplesmente falar mal. Foi um genuíno pedido de ajuda. Pedi ideias e opiniões sobre o que fazer. Entre os mais de 15.000 mil “talentos” da rede, alguém certamente me poderia dar uma ideia…

Enquanto durante dois ou três dias o meu post no fórum do Star Tracker não recolheu qualquer resposta e se foi perdendo entre os tópicos como “Qual é o alimento mais popular na mesa das famílias Portuguesas?“, “Horseball World Cup 2008 em Ponte de Lima” ou “Quero emagrecer, acompanhas-me? Dás-me DICAS?“, a coisa correu bem, ninguém se incomodou.

Temos vacas sagradas por cá também?

O pior foi quando o post com o titulo “Uma ajuda legal, financeira e… Sobre o Barclays” recebeu cerca de 10 comentários em algumas horas, aparecendo constantemente na primeira página do fórum…

É nessa altura que recebo uma mensagem privada de alguém com importantes responsabilidades na rede Star Traker e que me diz que o desilude ver a forma como escolhi utilizar o fórum do Star Tracker. A pessoa em questão diz acreditar que existem em Portugal fóruns que me poderão ser úteis na resolução do meu problema… Eu também… E pensava que o fórum do Star Tracker era um deles…

Mas o mais estranho estava ainda por vir… A pessoa em causa diz estranhar principalmente o facto de que, trabalhando eu numa instituição bancária, se queria obter ajuda para o problema “… o nome da instituição deveria ser indiferente e por isso obliterado.”. O nome Barclays Bank entenda-se…

A sério, alguém me ajude a entender o que se passa neste pais. Pede-me o remetente da mensagem que eu use bom senso e responsabilidade na utilização dos fóruns… Sou capaz de afirmar que esta mensagem que recebi não foi muito responsável vindo de quem vem…

Ainda assim, primando pela rectidão e boa educação com que tenho vincado toda esta situação, respondi à mensagem da seguinte forma (peço desculpa por editar o texto mas tentarei não identificar a pessoa em causa):

“(…) peço-te que me desculpes a sinceridade mas esta seria talvez a ultima resposta que esperaria ter aqui neste fórum ainda mais vinda de quem vem.

Os meus já muitos (muitos mesmo) anos de Internet ensinaram-me bem sobre o poder dos fóruns e sobre a identidade e função dos mesmos. Não é este um fórum de talentos? Não é este um fórum que se presta a ajuda entre os mesmos?

Quanto a trabalhar numa entidade bancária, pensas ser razão para não identificar uma outra que não está a ter os procedimentos correctos? Ou seja, se em politica me encontrar na oposição não devo identificar quem faz mal no governo?

Tal como escrevi no meu mais recente artigo “X e Y não são mais do que dados estatísticos da incompetência, má educação e total falta de respeito pelos Clientes. Os nomes dão cara às situações…”. A sério que não esperava tal resposta ainda mais tendo em conta o que se segue…

O uso de bom senso e responsabilidade na utilização destes fóruns… Sendo que só por alto posso identificar posts como:

– Quero emagrecer, acompanhas-me? Dás-me DICAS?
– A polémica da cozinha dos aditivos, com Santi Santamaria
– Qual o melhor Resort do Brasil
– Mulher-a-dias
– SUMMER PARTY – Dia 17, 5ª feira

(…) foi com algum agrado que recebi o convite para fazer parte deste grupo mas confesso que, se a ajuda a que o mesmo se propõe se limitará a conselhos de mulheres-a-dias ou receitas para emagrecer ou, ainda que não só mas dando mais importância a estes tópicos (ou não tecendo qualquer opinião sobre os mesmos o que para o caso é igual) do que a um pedido sincero de ajuda sobre uma situação que envolve um gigante conhecido da finança mundial e um Cliente por demais insatisfeito e, porventura com razão, então talvez me tenha enganado (…)”.

Cada vez mais me convenço que, formação sobre o que é a Web 2.0, a 3.0 ou outra qualquer, sobre social networking, e sobre cidadania digital, é sem qualquer dúvida, uma falha a colmatar neste nosso Portugal.

Não adiantará de muito dar computadores a torto e a direito se os comportamentos base de uma sociedade digital não forem transmitidos e entendidos…

De notar que, a hora desta publicação as respostas que não as minhas ao referido post são em grande parte de Clientes satisfeitos do Barclays Bank mas que mesmo assim me desejam boa sorte no processo e declaram o seu apoio da mesma forma que os não Clientes lá o fazem. Do autor do referido mail não tive qualquer outra resposta…

Aos senhores da Brand Protect (que ultimamente visitam o browserd.com com tanta dedicação) e outros que tais já aqui anteriormente referidos, deixo um conselho: Sugiram aos vossos Clientes que, antes de mais tratem os problemas com celeridade, honestidade e transparência.

Dessa forma estarão a fazer pelas marcas que representam mais do que qualquer agência de disaster recovery poderá alguma vez fazer. Como?

Problema resolvido, desastre evitado.