Sim, que isto de ser pai, tem muito que se lhe diga… E como ser pai não é só receber mimos e beijos doces, pareceu-me uma altura tão boa como qualquer outra para exercer outra das funções de pai: a de educador.

Confesso que já não sei porquê, mas esta manhã, ao entrarmos para o carro, referi a expressão Crazy Train. Daquelas coisas que eventualmente não teria qualquer sentido considerando que, nem de perto nem de longe, falávamos de comboios.

Pergunta-me a Patrícia:

“Pai, de que é que estás a falar? O que é o Crazy Train?”

Ora bem, este é um daqueles momentos verdadeiramente estranhos mas que podem (e certamente acontecem) acontecer na vida de qualquer pai. Chegou a hora de explicar à Patrícia o que é o Crazy Train.

São 8 da manhã. Pai que é pai faz aquilo que tem que ser feito. Saca do telefone, vai ao Youtube e…

“Filha, este “avozinho” continua a dar música a muita gente. Importante é aprender que, independentemente do tipo de música pela qual se tem preferência, há boa música em todo o lado, em todos os géneros. Esta por exemplo, é uma boa música.”

A explicação sobre a paranóia da Guerra Fria, as armas nucleares, o Nash equilibrium e o John von Neumann ficam para mais tarde, com tempo.

Ainda assim, fiquei com muita vontade de propor à nossa filha uma sessão de cinema caseiro este fim de semana: Cobertores, pipocas e Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb.

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